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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Trump Quer o Canal do Panamá e Pode Olhar Para o Brasil: Será a CSN o Próximo Alvo?"


A história é clara: os Estados Unidos ajudaram a construir o Canal do Panamá e financiaram a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no Brasil. Agora, com Donald Trump prestes a voltar à presidência, um perigoso discurso está ganhando força. Trump teria declarado que o Canal do Panamá é dos EUA e que nunca deveria ter sido devolvido ao Panamá. Mas será que essa lógica poderia se expandir para outros projetos estratégicos financiados pelos Estados Unidos, como a CSN?

O Passado Que Trump Quer Reescrever

O Canal do Panamá, uma das principais rotas comerciais do mundo, foi construído e administrado pelos EUA até ser devolvido ao controle panamenho em 1999. No entanto, Trump, em seu estilo controverso e imprevisível, teria sugerido que essa devolução foi um erro histórico. Esse tipo de pensamento não só coloca em risco a soberania do Panamá, mas também pode inspirar uma escalada revisionista que ameaça outras nações, incluindo o Brasil.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil foi um aliado estratégico dos EUA, permitindo bases militares no Nordeste e fornecendo materiais essenciais. Como contrapartida, os americanos financiaram parte da construção da CSN, que se tornou o coração da indústria siderúrgica brasileira. No entanto, com Trump apontando o dedo para projetos estratégicos financiados no passado, surge a pergunta: será que a CSN pode ser o próximo alvo?

O Perigo do Discurso Imperialista de Trump

Trump já demonstrou em várias ocasiões que não respeita acordos históricos ou compromissos diplomáticos. Sua política é movida por interesses próprios, e ele não hesita em usar o poder econômico e militar para pressionar outras nações. Se ele considera o Canal do Panamá como propriedade americana, quem pode garantir que não fará o mesmo com outros projetos financiados pelos EUA?

Imaginemos um cenário em que Trump insista que a CSN, construída com apoio norte-americano, deveria ser controlada pelos Estados Unidos. Isso abriria um precedente perigoso para interferências estrangeiras em territórios soberanos. Hoje é o Panamá. Amanhã, pode ser o Brasil.

A Soberania Brasileira em Jogo?

Embora a CSN tenha sido privatizada em 1993, ela ainda é um símbolo da luta brasileira por autonomia industrial e soberania econômica. Qualquer tentativa de questionar o controle brasileiro sobre a CSN seria uma afronta à nossa independência e história. No entanto, com Trump, a imprevisibilidade é a única certeza. Ele poderia usar sua retórica agressiva para mobilizar sanções econômicas ou mesmo pressionar o Brasil a "reavaliar" o controle de ativos estratégicos.

Além disso, Trump já demonstrou pouca preocupação com alianças ou parcerias. Ele busca vantagens imediatas para os EUA, muitas vezes à custa de outros países. Seu discurso belicoso e a obsessão por "reparar injustiças históricas" colocam o mundo em alerta.

A Nova Guerra Fria de Trump

Se Trump realmente voltar ao poder, o mundo pode estar diante de uma nova era de tensões globais. A tentativa de reapropriação do Canal do Panamá pode ser apenas o começo. Seu discurso pode inspirar outras lideranças autoritárias a seguirem o mesmo caminho, resultando em um efeito dominó perigoso para a estabilidade global.

A América Latina, em particular, precisa estar vigilante. O Brasil, com seus recursos naturais, sua posição estratégica e sua relevância econômica, pode facilmente entrar no radar de Trump. A CSN, apesar de ser um símbolo de resistência e desenvolvimento, poderia ser usada como moeda de troca em uma narrativa revisionista e imperialista.

O Brasil Precisa Estar Preparado

Este não é um cenário para ser ignorado. A retórica de Trump pode parecer absurda, mas sua capacidade de transformar palavras em ações já foi demonstrada em seu mandato anterior. O Brasil deve fortalecer suas alianças internacionais, proteger sua soberania e deixar claro que seu patrimônio não está em negociação.

Se Trump está disposto a reescrever a história do Canal do Panamá, quem garante que ele não tentará fazer o mesmo com a Companhia Siderúrgica Nacional? A pergunta que resta é: estamos preparados para enfrentar esse tipo de ameaça?