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sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

45 Anos de PT: Uma História Grandiosa Ofuscada pela Conduta Arrogante da Direção Estadual no Rio de Janeiro


O Partido dos Trabalhadores é um símbolo de resistência e luta da classe trabalhadora brasileira. Um partido que nasceu das bases populares, enraizado nas comunidades, forjado nas batalhas sindicais e nos movimentos sociais. Um partido que tem o orgulho de ter liderado as transformações mais significativas deste país sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o maior presidente da história do Brasil. No entanto, o PT que um dia foi conhecido por sua capacidade de ouvir o povo e responder às suas demandas parece estar sendo corroído por práticas internas que vão contra seus próprios princípios.

No Rio de Janeiro, a direção estadual do PT e alguns assessores ligados a deputados estaduais e federais vêm repetindo um padrão que já dura mais de uma década: isolamento, indiferença e desprezo pelos militantes da base. Por mais que mensagens sejam enviadas, seja por WhatsApp ou outros meios, as respostas simplesmente não chegam. Quando muito, a mensagem é visualizada às pressas, mas ignorada. Essa postura é um retrato do distanciamento crescente entre a direção do partido e aqueles que fazem o trabalho pesado nas comunidades, nos bairros e nas ruas.

É inadmissível que, em pleno aniversário de 45 anos do partido, ainda estejamos enfrentando o mesmo comportamento de sempre. O Processo de Eleições Diretas (PED), que deveria ser uma oportunidade para fortalecer a democracia interna, se tornou um teatro de manutenção do poder. Os mesmos grupos que controlam o partido há anos seguem fechados em seus interesses pessoais, ocupando os mesmos espaços, enquanto a base é tratada como figurante.

Os militantes que estão na ponta, nas comunidades, continuam se sacrificando para defender o partido, mobilizando, organizando e garantindo o nome do PT onde a liderança não chega. Porém, são tratados com descaso. Essa é a maior crítica que se pode fazer à direção estadual: a arrogância de se achar dona do partido, quando, na verdade, o PT pertence às bases, aos trabalhadores, aos que lutam e constroem essa história diariamente.

Recentemente, com a aproximação do aniversário do partido, no dia 21 de fevereiro, a direção estadual demonstrou mais uma vez sua incoerência. Convida os militantes para celebrarem os 45 anos do PT, mas não se dá ao trabalho de dialogar com eles no cotidiano. Não responde mensagens, não abre espaços para conversa e não constrói pontes com aqueles que estão nas ruas defendendo o legado do presidente Lula e a história do PT. Essa contradição é um golpe para quem dedica tempo, energia e amor ao partido.

E aqui fica a pergunta que ecoa entre os militantes de base: será que isso vai continuar assim nesse próximo aniversário do partido? Será que a direção estadual vai, mais uma vez, ignorar as vozes que vêm das ruas, das comunidades, dos bairros? Será que continuará reproduzindo essa postura de indiferença e isolamento, tratando os militantes como peças descartáveis, úteis apenas em momentos estratégicos, como campanhas e eventos comemorativos?

O PT nasceu da luta coletiva e não pode se transformar em um espaço dominado por interesses individuais e práticas centralizadoras. Mas, ao que tudo indica, nada mudou. Parece que estamos presos a um ciclo onde as mesmas pessoas ocupam os mesmos cargos, reproduzindo as mesmas condutas, ignorando as bases e os militantes que constroem, de fato, o partido.

É necessário enfatizar que a crítica aqui não é ao Partido dos Trabalhadores enquanto instituição. Pelo contrário: o PT é maior do que a sua direção estadual, maior do que qualquer deputado ou assessor. O PT é um patrimônio da classe trabalhadora brasileira, e é por isso que os militantes de base não podem mais tolerar esse comportamento elitista e excludente que está se consolidando dentro do partido no Rio de Janeiro.

A direção estadual precisa entender que sua postura está enfraquecendo o partido. Enquanto as comunidades enfrentam desafios gravíssimos, os militantes de base estão sendo ignorados por aqueles que deveriam estar ao lado deles. E aqui vai um recado claro: sem as bases, o PT não é nada. É urgente que a direção estadual faça uma autocrítica, abandone a política do isolamento e comece a trabalhar para renovar a confiança daqueles que verdadeiramente mantêm o partido vivo.

Será que essa direção será capaz de refletir sobre os erros do passado e finalmente abrir espaço para o diálogo? Será que vai escutar os militantes que, apesar de tudo, seguem leais ao projeto político que o PT representa? Ou será que vamos, mais uma vez, ver os mesmos rostos, as mesmas práticas, o mesmo desprezo por aqueles que constroem o partido?

O PT do Rio de Janeiro não pode continuar refém de práticas antiquadas e de uma direção que se recusa a mudar. O partido precisa resgatar sua essência, abrir espaço para novas lideranças e, acima de tudo, valorizar os militantes que, mesmo ignorados, continuam lutando por um Brasil melhor.

A história do PT é grandiosa, mas essa história não pode ser manchada pela arrogância de uma direção que virou as costas para as bases. O partido nasceu para ser do povo, e é o povo quem deve conduzir seus rumos. O presidente Lula representa a força do trabalhador brasileiro, e é por isso que os militantes de base continuam lutando. Eles merecem respeito, diálogo e reconhecimento.

Se nada mudar, a pergunta que ficará será: quantos aniversários o partido ainda terá antes que sua essência seja completamente perdida? É hora de agir, de mudar, de respeitar quem mantém o PT vivo. Porque sem as bases, não há história, não há futuro.