Em tempos de máscaras bem costuradas e discursos embalados em liberdade enlatada, os acontecimentos entre o Brasil e os grandes senhores do norte não são novidade. São apenas o mesmo roteiro de sempre, com novos atores, mas com o mesmo objetivo: manter o centro alimentado pelo suor da periferia global.
Os que sempre se sentaram à mesa do banquete agora gritam porque alguém ousou levantar a cabeça, dizer “não”, e lembrar que a fome ainda mora na porta dos fundos das fábricas e nas palafitas das beiras de rio.
🐷 Quando o capital late
A ameaça de tarifar em 50% os frutos do solo brasileiro não é um movimento isolado, mas sim o reflexo do velho impulso do império: punir quem não ajoelha, sabotar quem tenta andar com as próprias pernas.
O império não aceita ver um país do sul dizer que tem instituições.
Não aceita ver um povo que já foi colônia querer definir seu próprio destino.
E muito menos aceita ver um operário com a faixa presidencial.
Por isso, os cães adestrados da burguesia exilada — agora lambendo botas em solo estrangeiro — se adiantam. Acusam seu próprio povo, pedem punições contra a terra que os criou, e com isso, revelam que nunca foram parte da nação — sempre foram correia de transmissão de outro motor.
👁️ O subterrâneo da desinformação
Enquanto o povo tenta respirar, há uma máquina operando nas sombras. Ela veste terno, frequenta parlamento, mas cospe veneno em forma de manchete. Ela fala em liberdade, mas quer dizer “liberdade de explorar”. Ela fala em justiça, mas quer dizer “justiça para os seus”.
Esse sistema só se sustenta porque os que têm o poder de falar também controlam o que se ouve.
E os que têm o poder de calar fingem neutralidade.
Mas o povo já não dorme com o mesmo sono.
✊ A resposta da terra
A resposta não virá com fogos, nem com tanques.
Ela virá com a paciência dos que plantam, com a dignidade dos que resistem e com a ousadia dos que não esquecem.
O homem simples, da beira do morro, da beira da estrada, já entendeu que o grito do norte não é medo. É desespero.
Porque eles sabem: quando o sul levanta, o norte perde o chão.
🧠 Quando os olhos se abrem
O verdadeiro terrorismo não vem de bombas — vem de quem destrói a esperança no prato, no preço do pão, no gás que falta.
Eles escrevem "democracia", mas a caneta vem do banco.
Eles falam "ameaça comunista", mas é só o povo querendo comer três vezes por dia.
E no meio disso tudo, um homem de barba, que já foi preso por não se curvar, agora segura o país nos ombros.
Não é santo. Mas é símbolo.
É a lembrança viva de que o operário também pode escrever sua história.
E aqueles que hoje se escondem atrás de bandeiras estrangeiras, vão descobrir que não se enterra a semente de um povo que aprendeu a sonhar.