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quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O Sonho que Salvou Minha Vida!



Testo Adeilson 
Fato Real que aconteceu comigo!

No dia 31 de outubro de 2013, vivi um dos momentos mais sombrios da minha existência. Dentro da minha própria casa, alguém em quem eu confiava me atacou com uma facada no pescoço. O golpe foi brutal, mas milagrosamente, nenhuma veia vital foi atingida. Fui imediatamente ao médico, onde a ferida foi costurada. A médica tratou o corte, mas não solicitou exames adicionais, como um raio-X. Eu acreditava que estava fora de perigo, mas não imaginava o que ainda estava por vir.

Durante todo o mês de novembro, convivi com uma dor persistente no pescoço. Qualquer movimento, como olhar para cima, causava uma dor excruciante. Havia uma sensação estranha, como se algo estivesse errado, mas eu não sabia exatamente o que.

Na noite de 27 para 28 de novembro, algo extraordinário aconteceu. Tive o sonho mais real de toda a minha vida. Era tão vívido, tão claro, que até hoje sinto cada detalhe como se tivesse acabado de acontecer. Nesse sonho, eu me via deitado em uma maca de mesa de cirurgia. Em volta de mim, médicos e enfermeiros estavam concentrados no que faziam. Entre eles, um ser se destacou: um anjo. Ele não era como imaginamos nos livros ou filmes, mas sua presença transmitia uma paz indescritível.

O anjo virou para mim e, em suas mãos, segurava uma lâmina de faca. Ele olhou diretamente para mim e disse algo que não posso esquecer. Não foi com palavras, mas com uma mensagem que ecoou dentro de mim: "Você está com isso em seu pescoço." Foi um aviso, uma revelação.

Acordei no dia seguinte com aquele sonho gravado na mente e uma sensação diferente no corpo. A dor no pescoço parecia mais forte, e comecei a sentir algo pontiagudo, como se estivesse saindo de dentro de mim. A lâmina que o anjo havia mostrado no sonho estava ali, no meu pescoço, oculta por 33 dias sem que eu soubesse.

Fui ao hospital novamente, agora com urgência. Quando fiz o raio-X, veio a confirmação chocante: uma lâmina estava alojada no meu pescoço durante todo esse tempo. Foi difícil processar essa descoberta. O sonho, aquele aviso divino, havia me alertado sobre algo que nenhum exame antes tinha identificado.

No dia 5 de dezembro de 2013, passei por uma cirurgia para a retirada da lâmina. A equipe médica se surpreendeu com o fato de eu ter sobrevivido tanto tempo com aquilo em meu corpo. Foram 33 dias carregando, literalmente, uma faca no pescoço, enfrentando dores, dúvidas e um impacto emocional enorme.

Não tenho dúvidas de que aquele sonho foi um presente, um milagre enviado por Deus. O anjo que vi foi meu guardião, enviado para me salvar, para me alertar de algo que poderia ter custado minha vida. Desde então, carrego comigo não apenas a cicatriz no pescoço, mas também a certeza de que há algo maior cuidando de mim.

Esse episódio marcou minha vida para sempre. Não só pela dor ou pelo sofrimento que passei, mas pela prova de que há mistérios no universo que vão além da nossa compreensão. Aquele sonho foi mais do que um aviso; foi a mão divina agindo diretamente na minha vida.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

:"Os Dons que Deus Nos Dá: Reflexos de Sua Graça"


Os dons que Deus nos dá não são nossos; são d’Ele. Não passam de reflexos de Sua sabedoria, amor e propósito para nossas vidas. Tudo o que faço, tudo o que escrevo, tudo o que sou vem de Deus. A escrita que flui por meio de mim não é minha — é Deus quem escreve através de mim. Por mim mesmo, eu não saberia nada, não faria nada. É Ele quem me guia, quem me inspira e quem me sustenta.

O Que São Dons de Deus?

Na Bíblia, dons são descritos como habilidades que Deus concede a cada pessoa, de acordo com Sua vontade. Em 1 Coríntios 12:4-7, está escrito:
"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o que for útil."

Cada dom é uma manifestação da graça de Deus. Seja ele espiritual, como a fé, a sabedoria ou a cura, ou algo que muitos consideram natural, como a criatividade, a liderança ou até mesmo a habilidade de interpretar sonhos, tudo vem d’Ele. Eu reconheço que esses presentes não são meus; eu apenas os recebo e procuro usá-los para cumprir o propósito que Deus tem para mim.

O Maior Dom: A Vida

O maior dom que recebi foi a vida. Só o fato de estar aqui, nesse mundo, já é uma bênção que me foi dada por Deus. Como diz o Salmo 139:13-14:
"Pois tu formaste o meu interior; tu me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de modo terrível e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem."

A vida é a base de tudo. Foi Deus quem me deu o privilégio de estar aqui, de viver, de conhecer as pessoas, de sonhar e de criar. Tudo começa com essa dádiva. Depois, eu não sei qual será o próximo plano de Deus para mim após a morte, mas confio que será tão grandioso quanto este.

O Dom da Escrita

Outro dom que recebi de Deus foi o dom da escrita. Quando escrevo, parece que as palavras simplesmente fluem. Elas não vêm de mim, mas de Deus. Por mim mesmo, não teria essa habilidade. Muitas vezes, não consigo expressar o que sinto ou penso ao falar, até porque sou um pouco gago. Mas, quando escrevo, é diferente. A escrita me transforma. Deus coloca as palavras na minha cabeça e, sem que eu entenda como, elas surgem no papel. Isso é um dom que não posso reivindicar como meu, porque sei que é Deus quem me guia.

O Dom de Interpretar Sonhos

Outro dom que Deus me deu, e que poucas pessoas sabem, é o dom de interpretar sonhos. Desde muito jovem, tenho sonhos que, muitas vezes, acabam acontecendo. Não sei explicar o porquê disso, mas sei que não é algo meu. É Deus quem me dá esses sonhos e a capacidade de interpretá-los. Esse é um dom que guardo com humildade e não uso para me beneficiar.

Alguns sonhos me marcaram profundamente. Sonhei, por exemplo, com minha mãe dando tchau para mim dentro de um caixão, e dias depois, ela realmente partiu. Em outro sonho, vi um cavalo rolando em um morro, e, tempos depois, essa cena se concretizou exatamente como no sonho. Tive também um sonho em que eu estava com um prato de comida na mão, e Jesus Cristo me entregava essa comida. Esses momentos não são apenas sonhos; são mensagens divinas que Deus me permite compreender.

Nem Todo Rico É Sábio, Nem Todo Sábio É Rico

Uma coisa que sempre percebi é que os dons de Deus não têm nada a ver com riqueza ou status. Deus dá dons a quem Ele quiser, e nem todo sábio é rico, assim como nem todo rico é sábio. Os dons que recebemos têm um propósito maior: servir a Deus e ao próximo.

A Bíblia relata uma história marcante sobre sabedoria em Eclesiastes 9:14-15:
"Havia numa pequena cidade poucos homens, e veio contra ela um grande rei, que a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras. Encontrou-se nela um homem pobre e sábio, que livrou a cidade pela sua sabedoria; contudo ninguém se lembrou daquele pobre homem."

Essa história nos mostra que a sabedoria, mesmo sendo um dom grandioso de Deus, nem sempre é reconhecida ou valorizada pelas pessoas. Contudo, sua importância permanece inegável, porque é através dela que muitas vidas são transformadas.

Como está escrito em 1 Pedro 4:10:
"Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas."

Deus não nos dá dons para que os usemos em benefício próprio ou para acumularmos riquezas, mas para impactar positivamente as pessoas ao nosso redor. A verdadeira riqueza está em reconhecer que tudo vem de Deus e em usar o que recebemos para fazer o bem.

domingo, 26 de janeiro de 2025

"Exigimos a Deportação de Americanos Ilegais no Brasil: Soberania e Reciprocidade Já!"

 
A discussão sobre a presença de estrangeiros em situação irregular é um tema global, mas frequentemente a atenção está voltada para brasileiros nos Estados Unidos ou imigrantes ilegais em países desenvolvidos. Pouco se fala sobre americanos vivendo ilegalmente no Brasil. Este artigo busca destacar essa realidade pouco explorada, questionar a reciprocidade nas relações migratórias e propor uma análise crítica da situação.

Americanos Irregulares no Brasil: Uma Realidade Oculta

Embora o Brasil seja conhecido por receber imigrantes de diversas partes do mundo, a presença de cidadãos norte-americanos em situação irregular é pouco discutida e mal documentada. Dados específicos sobre quantos americanos vivem ilegalmente no Brasil são escassos. No entanto, sabe-se que há uma comunidade significativa de norte-americanos que vêm ao Brasil por diferentes razões, incluindo turismo, trabalho e relacionamentos, mas permanecem no país além do prazo permitido por seus vistos.

Esses indivíduos podem estar aqui sem a devida autorização, trabalhando informalmente, utilizando recursos públicos e aproveitando-se de um sistema que muitas vezes é mais leniente do que o dos Estados Unidos. Enquanto isso, o governo norte-americano mantém políticas migratórias rígidas, deportando cidadãos brasileiros em massa, mesmo aqueles que têm famílias estabelecidas em solo americano.

A Hipocrisia das Relações Migratórias

A falta de atenção para americanos ilegais no Brasil reflete um desequilíbrio nas relações migratórias entre os dois países. Enquanto brasileiros que vivem sem documentos nos Estados Unidos são frequentemente tratados como criminosos, com deportações em massa e condições desumanas, americanos que vivem ilegalmente no Brasil raramente enfrentam consequências severas. Isso levanta a questão: por que o Brasil não adota uma postura mais rigorosa em relação a estrangeiros em situação irregular, especialmente de países que têm políticas tão severas contra nossos cidadãos?

Por que Exigir a Deportação de Americanos Irregulares?

1. Reciprocidade Diplomática: Se os Estados Unidos deportam brasileiros, o Brasil deve ter a mesma postura em relação aos americanos que estão aqui ilegalmente. Isso reforça a soberania nacional e estabelece um equilíbrio nas relações diplomáticas.

2. Impacto Econômico: Estrangeiros ilegais, incluindo americanos, podem ocupar espaços no mercado de trabalho informal, gerando concorrência com brasileiros e contribuindo para a precarização das condições de trabalho.

3. Uso de Serviços Públicos: Mesmo sem documentação, esses estrangeiros podem acessar serviços como saúde e educação, sobrecarregando o sistema público sem contribuir diretamente para ele.

4. Justiça Social: Tratar americanos ilegais de forma indulgente perpetua uma visão colonialista de privilégios para estrangeiros de países ricos, em detrimento de um tratamento igualitário.

O Caminho para a Ação

Este artigo faz um apelo ao governo brasileiro para que tome medidas concretas:

Realizar um levantamento detalhado sobre o número de americanos em situação irregular no Brasil.

Implementar políticas rigorosas para a deportação de estrangeiros ilegais, sem distinção de nacionalidade.

Estabelecer um diálogo com o governo dos Estados Unidos para garantir reciprocidade no tratamento de cidadãos ilegais de ambos os países.

Conclusão

A deportação de americanos em situação irregular no Brasil é uma questão de justiça, soberania e reciprocidade diplomática. Não se trata de xenofobia, mas de exigir o mesmo respeito que é cobrado dos brasileiros no exterior. Enquanto cidadãos brasileiros continuam enfrentando deportações e condições desumanas nos Estados Unidos, é inaceitável que o Brasil seja um refúgio para aqueles que desrespeitam nossas leis migratórias. Chegou a hora de o Brasil adotar uma postura mais firme e garantir que sua soberania seja respeitada.


Na Sombra da Fiscalização - Poesia para o Prefeito Kaio do Diogo Balieiro


Trabalho em Penedo, onde o encanto se faz morada,

Belezas naturais e uma energia tão almejada.
Destino querido, que turistas vêm buscar,
Mas o que deveria ser alegria se torna pesar.

Sinto-me um estranho, como quem erra sem saber,
Vendendo sonhos, lutando apenas para viver.
Guiando vidas, mostrando o que há de mais belo,
Enquanto fiscais transformam o trabalho em duelo.

Não somos marginais, apenas trabalhadores,
Mas somos tratados como infratores, impostores.
O turismo, que sustenta e move a cidade,
É cercado de descaso e de tanta iniquidade.

Kaio, prefeito, onde está o teu olhar?
Não vês que somos nós que fazemos Penedo brilhar?
Tua gestão chegou com promessas de mudança,
Mas só trouxe ao povo mais peso e cobrança.

Falta-nos apoio, diálogo, regulamentação,
Mas sobra opressão e constante perseguição.
A quem lucramos? A quem servimos?
Se não somos vistos, se não nos ouvimos.

Lembro da Ingrid, que nos organizava com amor,
A gestão fluía, havia respeito e calor.
Hoje, o agendamento é uma bagunça total,
Quem trabalha no turismo vive um pesadelo surreal.

E os vereadores? Ah, que decepção!
Treze eleitos, mas nos falta ação.
Oito contra o prefeito, mas inertes ao redor,
Enquanto o povo sofre, seguem num teatro sem cor.

Itatiaia, essa terra que tanto amo e quero bem,
Precisa entender que crítica constrói também.
Não escrevo para ferir, mas para chamar atenção,
Para que o progresso seja fruto da união.

Mas, Kaio, enquanto nos tratas como vilões,
Saibas que resistimos, seguimos com os corações.
O turismo é a alma que mantém esta cidade viva,
Respeite os trabalhadores, ou tua gestão será falida.



sábado, 25 de janeiro de 2025

"Deportação e Desumanidade: Brasileiros Algemados no Retorno ao País

Recentemente, diversos brasileiros deportados dos Estados Unidos relataram terem sido submetidos a condições degradantes durante o processo de deportação, incluindo o uso de algemas nos pés e nas mãos ao longo de todo o trajeto de retorno ao Brasil. Esses relatos foram confirmados por múltiplas fontes, como o G1, que destacou depoimentos de deportados que afirmaram permanecer algemados por 24 horas antes do embarque e durante toda a viagem.

O Serviço de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos Estados Unidos (ICE) justificou o uso de algemas afirmando que "indivíduos presos e sob custódia das forças federais de segurança estão sujeitos a serem algemados", procedimento que estaria "totalmente de acordo com as leis federais e as políticas da agência".

No entanto, essa prática tem sido alvo de críticas. O ex=presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil "obviamente, não faria isso com ninguém, saindo do Brasil para qualquer país", indicando que o governo brasileiro não utilizaria algemas em deportações. Apesar dessa declaração, fica evidente uma contradição preocupante em sua postura. Bolsonaro frequentemente exaltou o governo de Donald Trump, chegando a insistir em querer "levar a posse" de seu ex-aliado, mesmo após a derrota nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Essa relação de submissão levanta questionamentos: será que o presidente brasileiro realmente discorda das práticas adotadas por Trump ou apenas busca manter uma narrativa para agradar sua base de apoio?

A política de deportação adotada pelo governo de Donald Trump, especialmente em relação aos brasileiros, revela uma postura desumana e desrespeitosa. O uso de algemas em pessoas que não cometeram crimes violentos, mas que buscaram melhores condições de vida, é uma medida desproporcional que fere princípios básicos de dignidade e direitos humanos. Bolsonaro, ao invés de adotar uma postura firme e soberana na defesa dos direitos dos brasileiros, preferiu priorizar sua aliança ideológica com Trump, ignorando ou minimizando os impactos que essas políticas tiveram sobre seus compatriotas.

Além disso, a separação de famílias durante o processo de detenção e deportação agrava ainda mais a situação, causando traumas profundos e duradouros nos indivíduos afetados. Rel


sexta-feira, 24 de janeiro de 2025

45 Anos de PT: Uma História Grandiosa Ofuscada pela Conduta Arrogante da Direção Estadual no Rio de Janeiro


O Partido dos Trabalhadores é um símbolo de resistência e luta da classe trabalhadora brasileira. Um partido que nasceu das bases populares, enraizado nas comunidades, forjado nas batalhas sindicais e nos movimentos sociais. Um partido que tem o orgulho de ter liderado as transformações mais significativas deste país sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o maior presidente da história do Brasil. No entanto, o PT que um dia foi conhecido por sua capacidade de ouvir o povo e responder às suas demandas parece estar sendo corroído por práticas internas que vão contra seus próprios princípios.

No Rio de Janeiro, a direção estadual do PT e alguns assessores ligados a deputados estaduais e federais vêm repetindo um padrão que já dura mais de uma década: isolamento, indiferença e desprezo pelos militantes da base. Por mais que mensagens sejam enviadas, seja por WhatsApp ou outros meios, as respostas simplesmente não chegam. Quando muito, a mensagem é visualizada às pressas, mas ignorada. Essa postura é um retrato do distanciamento crescente entre a direção do partido e aqueles que fazem o trabalho pesado nas comunidades, nos bairros e nas ruas.

É inadmissível que, em pleno aniversário de 45 anos do partido, ainda estejamos enfrentando o mesmo comportamento de sempre. O Processo de Eleições Diretas (PED), que deveria ser uma oportunidade para fortalecer a democracia interna, se tornou um teatro de manutenção do poder. Os mesmos grupos que controlam o partido há anos seguem fechados em seus interesses pessoais, ocupando os mesmos espaços, enquanto a base é tratada como figurante.

Os militantes que estão na ponta, nas comunidades, continuam se sacrificando para defender o partido, mobilizando, organizando e garantindo o nome do PT onde a liderança não chega. Porém, são tratados com descaso. Essa é a maior crítica que se pode fazer à direção estadual: a arrogância de se achar dona do partido, quando, na verdade, o PT pertence às bases, aos trabalhadores, aos que lutam e constroem essa história diariamente.

Recentemente, com a aproximação do aniversário do partido, no dia 21 de fevereiro, a direção estadual demonstrou mais uma vez sua incoerência. Convida os militantes para celebrarem os 45 anos do PT, mas não se dá ao trabalho de dialogar com eles no cotidiano. Não responde mensagens, não abre espaços para conversa e não constrói pontes com aqueles que estão nas ruas defendendo o legado do presidente Lula e a história do PT. Essa contradição é um golpe para quem dedica tempo, energia e amor ao partido.

E aqui fica a pergunta que ecoa entre os militantes de base: será que isso vai continuar assim nesse próximo aniversário do partido? Será que a direção estadual vai, mais uma vez, ignorar as vozes que vêm das ruas, das comunidades, dos bairros? Será que continuará reproduzindo essa postura de indiferença e isolamento, tratando os militantes como peças descartáveis, úteis apenas em momentos estratégicos, como campanhas e eventos comemorativos?

O PT nasceu da luta coletiva e não pode se transformar em um espaço dominado por interesses individuais e práticas centralizadoras. Mas, ao que tudo indica, nada mudou. Parece que estamos presos a um ciclo onde as mesmas pessoas ocupam os mesmos cargos, reproduzindo as mesmas condutas, ignorando as bases e os militantes que constroem, de fato, o partido.

É necessário enfatizar que a crítica aqui não é ao Partido dos Trabalhadores enquanto instituição. Pelo contrário: o PT é maior do que a sua direção estadual, maior do que qualquer deputado ou assessor. O PT é um patrimônio da classe trabalhadora brasileira, e é por isso que os militantes de base não podem mais tolerar esse comportamento elitista e excludente que está se consolidando dentro do partido no Rio de Janeiro.

A direção estadual precisa entender que sua postura está enfraquecendo o partido. Enquanto as comunidades enfrentam desafios gravíssimos, os militantes de base estão sendo ignorados por aqueles que deveriam estar ao lado deles. E aqui vai um recado claro: sem as bases, o PT não é nada. É urgente que a direção estadual faça uma autocrítica, abandone a política do isolamento e comece a trabalhar para renovar a confiança daqueles que verdadeiramente mantêm o partido vivo.

Será que essa direção será capaz de refletir sobre os erros do passado e finalmente abrir espaço para o diálogo? Será que vai escutar os militantes que, apesar de tudo, seguem leais ao projeto político que o PT representa? Ou será que vamos, mais uma vez, ver os mesmos rostos, as mesmas práticas, o mesmo desprezo por aqueles que constroem o partido?

O PT do Rio de Janeiro não pode continuar refém de práticas antiquadas e de uma direção que se recusa a mudar. O partido precisa resgatar sua essência, abrir espaço para novas lideranças e, acima de tudo, valorizar os militantes que, mesmo ignorados, continuam lutando por um Brasil melhor.

A história do PT é grandiosa, mas essa história não pode ser manchada pela arrogância de uma direção que virou as costas para as bases. O partido nasceu para ser do povo, e é o povo quem deve conduzir seus rumos. O presidente Lula representa a força do trabalhador brasileiro, e é por isso que os militantes de base continuam lutando. Eles merecem respeito, diálogo e reconhecimento.

Se nada mudar, a pergunta que ficará será: quantos aniversários o partido ainda terá antes que sua essência seja completamente perdida? É hora de agir, de mudar, de respeitar quem mantém o PT vivo. Porque sem as bases, não há história, não há futuro.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Me sinto como um bandido em Penedo”



Eu trabalho com turismo em Penedo, esse local que é encantador que atrai visitantes do Brasil inteiro. Nosso destino é repleto de belezas naturais, charme cultural e uma energia que só quem já visitou consegue descrever. Porém, o que deveria ser um trabalho tranquilo e motivador, muitas vezes, me faz sentir como se estivesse fazendo algo errado.

É difícil explicar essa sensação de estar “se escondendo” enquanto realizo meu trabalho, como se fosse um traficante tentando evitar o flagrante da polícia. A diferença é que, enquanto o criminoso tem consciência do erro, nós, trabalhadores do turismo, apenas tentamos ganhar o pão de cada dia. Vendemos passeios, oferecemos serviços, movimentamos a economia local — mas a falta de apoio e regulamentação transforma isso em um desafio angustiante.

Os fiscais estão sempre por aí, mas, ao invés de nos orientar e nos ajudar a nos formalizar, eles fiscalizam para punir. Não há incentivo, diálogo ou estrutura. Eu não sou contra a fiscalização; sei que é necessária. O problema é a forma como ela acontece, que muitas vezes nos coloca em uma posição de vulnerabilidade e medo.

A impressão que tenho é que não somos valorizados pelo que fazemos. Ao contrário, somos tratados como se estivéssemos prejudicando a cidade, quando, na verdade, somos nós que estamos contribuindo diretamente para que Penedo continue sendo um destino turístico tão querido.

O turismo é uma das bases econômicas daqui. Se nós, trabalhadores do setor, tivéssemos apoio para nos regularizar e crescer, a cidade só teria a ganhar. Mas, infelizmente, a realidade é outra: seguimos trabalhando à margem, invisíveis aos olhos de quem deveria nos enxergar como aliados.

Enquanto isso, continuo fazendo o que posso. Me orgulho do que faço, mas luto para que um dia todos nós, trabalhadores honestos, possamos exercer nossa profissão com dignidade e respeito. Não quero mais sentir que sou um “bandido” por trabalhar em Itatiaia. Quero me sentir como o que realmente sou: alguém que ama essa terra e que acredita no potencial dela.


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