sábado, 15 de fevereiro de 2025
Meu relato sobre o alerta de terremoto em Penedo, Itatiaia, RJ
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Com a Faca no Peito: A Verdade que Todo Cabo Eleitoral Precisa Saber
A política é movida por promessas, alianças e muita expectativa. Durante a campanha, o candidato precisa de apoio, e é aí que entram os cabos eleitorais — aqueles que se dedicam de corpo e alma para eleger um vereador, deputado ou prefeito. Mas depois da vitória, quando chega a hora das nomeações e recompensas, muitos descobrem da pior forma possível uma dura realidade: não há espaço para todo mundo.
Nesse momento, o político eleito se vê com a faca no peito. Precisa escolher entre aliados, sabendo que qualquer decisão criará insatisfeitos. Para quem dedicou meses ou anos de trabalho, o sentimento de traição pode ser inevitável. Afinal, quem lutou pelo projeto muitas vezes se pergunta: “E agora, o que eu ganho com isso?”
A Matemática Cruel das Nomeações
É verdade que nem todo cabo eleitoral espera um cargo. Muitos já têm seus empregos, outros apoiam por ideologia e acreditam no projeto do candidato. Mas a maioria, sem dúvida, deseja alguma retribuição, seja uma nomeação, um contrato, ou pelo menos um acesso privilegiado ao político eleito.
E, claro, se o político não puder assumir ou abrir uma vaga diretamente, sempre há um jeito: ele pode indicar alguém. Mesmo que o cargo não vá para ele próprio, o ideal é que beneficie alguém próximo. Afinal, no jogo político, quem tem influência raramente fica de mãos vazias.
O problema é que cada mandato tem um número limitado de cargos comissionados, e a conta nunca fecha. A quantidade de pessoas que ajudou na campanha sempre será maior do que o número de vagas disponíveis. Além disso, há compromissos com partidos, lideranças maiores e até mesmo com a estrutura administrativa que exige profissionais técnicos em certas funções.
Isso significa que muitos cabos eleitorais que suaram a camisa podem acabar esquecidos. E, para piorar, quando a lista de nomeados se torna pública, a frustração só aumenta. Aquele que estava na linha de frente da campanha se vê preterido, enquanto outros — às vezes menos envolvidos — garantem seu lugar.
A Decepção: Da Euforia à Revolta
Durante a eleição, a sensação de proximidade com o candidato é grande. Muitos acreditam que, com a vitória, terão acesso direto ao gabinete e influência no mandato. Mas, quando o telefone para de tocar e as mensagens não são mais respondidas, vem a dura realidade: o político agora tem outras prioridades.
Esse é o momento em que as redes sociais se tornam um campo de batalha. Os que se sentem traídos começam a criticar, fazer insinuações e, em alguns casos, até apoiar adversários na eleição seguinte. O ciclo se repete: o político que foi ajudado se vê cercado por novos apoiadores, e os antigos, magoados, passam a desejar sua queda.
O Que Todo Cabo Eleitoral Precisa Saber
A verdade que poucos falam é que política não se faz apenas com lealdade. Estratégia e sobrevivência são fatores decisivos. Muitos cabos eleitorais acreditam que a dedicação na campanha garante uma vaga no governo, mas esquecem que o jogo muda depois da eleição.
Por isso, quem entra na política precisa entender que:
- Nem todos querem cargo, mas a maioria quer algo em troca – Se não for um cargo, pode ser influência, um favor, uma indicação.
- O político pensa na própria sobrevivência – Suas decisões pós-eleição são voltadas para manter o poder e não necessariamente retribuir todos os favores.
- Oportunidade não é certeza – Muitos entram na política acreditando que basta se esforçar para garantir um cargo, mas a realidade é diferente.
Com a Faca no Peito, o Político Escolhe – e Alguém Sempre Sai Perdendo
Todo político enfrenta esse dilema. Se nomeia apenas os mais próximos, desagrada quem também ajudou. Se tenta equilibrar os interesses, pode criar atritos dentro do próprio grupo. E se não nomeia ninguém, vira alvo de todos.
A política é um jogo cruel para quem não entende suas regras. E a principal lição para qualquer cabo eleitoral é simples: nem sempre o esforço será recompensado. Se você quiser entrar nesse mundo, esteja preparado para tudo – inclusive para sair de mãos vazias.
sábado, 8 de fevereiro de 2025
O deus Mamon: A Servidão ao Dinheiro e Seus Impactos na Política e na Vida Pessoal
Pesquisa e Texto Adeilson
Ao longo da história, "Mamon" tem sido associado ao dinheiro e à ganância desenfreada. O termo, originado do aramaico māmônā, significa riqueza ou propriedade material. Na tradição cristã, ele é frequentemente representado como uma entidade ou força que rivaliza com Deus pela lealdade das pessoas, conforme descrito no versículo bíblico: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou se dedicará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon" (Mateus 6:24).
Mamon não é apenas uma referência ao dinheiro em si, mas à idolatria ao dinheiro como fonte de poder, prazer e controle. Aqueles que adoravam Mamon na antiguidade eram vistos como escravos de sua própria cobiça, sacrificando valores éticos, espirituais e humanos em nome da riqueza material.
A Influência de Mamon na Política
Na política moderna, Mamon continua presente de forma simbólica e literal. Governos e instituições, muitas vezes, priorizam interesses financeiros sobre o bem-estar da população. Políticos que se curvam diante do "deus do dinheiro" tornam-se corruptíveis, desviando recursos públicos, negociando decisões que beneficiam elites econômicas ou grandes corporações, e deixando de atender as reais necessidades da sociedade.
Essa influência é evidente em práticas como a compra de votos, o financiamento eleitoral ilícito e a elaboração de leis que favorecem grupos seletos. O dinheiro, nesse contexto, substitui a ética, e o poder se transforma em mercadoria. Quando as pessoas vendem seus votos, permitem que Mamon vença mais uma vez: suas necessidades imediatas são trocadas por promessas vazias, enquanto o sistema político permanece refém da ganância.
Mamon e a Vida Pessoal
No nível individual, a idolatria ao dinheiro promove um ciclo de insatisfação constante. Quem se deixa dominar por Mamon nunca se sente plenamente realizado, pois a busca pela riqueza se torna infinita. Essa obsessão pode afastar familiares, destruir amizades, gerar doenças emocionais como ansiedade e depressão, e transformar o ser humano em uma máquina que valoriza coisas mais do que pessoas.
Além disso, a ganância distorce a noção de sucesso. Ao invés de felicidade e realização pessoal, muitos passam a medir suas vidas pela conta bancária, ignorando virtudes como solidariedade, humildade e empatia.
O Que Acontece com Quem Adora Mamon?
Adorar Mamon não é apenas submeter-se ao dinheiro, mas tornar-se escravo dele. Na Bíblia, essa adoração está associada à cegueira espiritual e à perdição, pois aqueles que colocam a riqueza acima de tudo perdem sua humanidade. Hoje, vemos isso refletido em pessoas que sacrificam o meio ambiente, exploram trabalhadores ou mentem descaradamente para enriquecer.
No entanto, a verdadeira tragédia de servir a Mamon está na ilusão de controle. Aqueles que adoram o dinheiro pensam que têm poder, mas, na verdade, são controlados por ele. O dinheiro se torna um fim em si mesmo, e sua busca, uma prisão.
Reflexão Crítica
Mamon continua sendo um adversário poderoso tanto na política quanto na vida pessoal. Ele nos força a escolher entre nossos princípios e a busca por riquezas. Como sociedade, precisamos resistir a essa idolatria, valorizando o bem comum e os valores humanos acima dos interesses financeiros.
Na política, é essencial exigir transparência, combater a corrupção e votar com consciência. No nível pessoal, devemos redescobrir o valor de coisas que o dinheiro não pode comprar: amor, compaixão, amizade e integridade.
"Deus ou Mamon?" Essa pergunta não é apenas espiritual, mas profundamente prática. Qual será a nossa escolha?"
A Panela Furada: Mais Um Aviso do Meu Sonho
Os sonhos sempre foram um alerta pra mim, uma espécie de mensagem que chega durante a noite. No finalzinho de 2024, entre os dias 26 e 31 de dezembro, eu sonhei com uma panela furada. Pode parecer algo simples pra quem ouve, mas eu sei que aquilo tinha um significado profundo. A panela furada é perigosa. Ela simboliza a falta, o vazamento, a perda. Pode ser falta de comida, dinheiro, ou até mesmo de oportunidades.
Agora, aqui estamos, em fevereiro de 2025, e eu sinto na pele o que a panela furada queria me avisar. O turismo está fraco, os passeios de trenzinho quase não têm movimento, e a dificuldade bate na porta. É como se eu realmente estivesse tentando guardar algo em uma panela que vaza, que não consegue segurar o que é necessário pra viver.
Mas, apesar disso, eu vejo esse sonho como mais do que um aviso. Ele é também um chamado à ação. A panela está furada, sim, mas eu não posso ficar parado olhando o líquido escorrer. É hora de tapar os vazamentos, encontrar novas formas de fazer as coisas darem certo.
Os sonhos nunca vêm pra assustar, pelo menos no meu caso. Eles vêm pra me preparar, pra me dar um empurrão. E com a panela furada, eu entendi que, por mais difícil que esteja, há sempre um jeito de consertar, de se reinventar, de transformar a falta em abundância.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Quando a Justiça Pesa Mais no Bolso: O Caso de Moçambique
A Justiça é universalmente simbolizada por uma balança equilibrada, representando imparcialidade e equidade. No entanto, em Moçambique, essa balança muitas vezes inclina-se em favor daqueles que possuem recursos financeiros, deixando a população comum desamparada. Mas quando exatamente a Justiça pesa mais no bolso neste país?
Eu tenho três amigos moçambicanos e, após várias conversas com eles, resolvi escrever este artigo. Eles sempre me relataram situações em que a corrupção e o desvio de recursos estavam presentes, e a forma como isso afetava a população. Movido por essas informações e após realizar algumas pesquisas, estou aqui escrevendo para trazer à tona uma realidade que muitos conhecem, mas poucos falam abertamente.
Desvios de Fundos e Corrupção Sistêmica
Em 2020, o Banco Mundial suspendeu seu apoio ao Fundo de Gestão de Calamidades (FGC) de Moçambique após a descoberta de desvios de mais de 32,5 milhões de meticais. Esses recursos, destinados a auxiliar vítimas de desastres naturais, foram utilizados para a compra de veículos e construção de infraestruturas não relacionadas às calamidades, contrariando os objetivos do fundo.
Além disso, durante a pandemia de COVID-19, o Tribunal Administrativo moçambicano identificou "desvios de diversas formas" e "pagamentos indevidos" na gestão de aproximadamente 700 milhões de dólares recebidos de parceiros internacionais para combater a crise sanitária. Esses desvios evidenciam uma gestão inadequada e a presença de corrupção em momentos críticos para a nação.
Impacto na População e na Confiança Pública
A corrupção em Moçambique tem efeitos devastadores na economia e na sociedade. Um estudo estimou que, entre 2002 e 2014, o custo da corrupção para o país foi de aproximadamente 4,9 bilhões de dólares, representando cerca de 30% do PIB de 2014. Esses recursos poderiam ter sido investidos em saúde, educação e infraestrutura, beneficiando diretamente a população.
A percepção de que a Justiça favorece aqueles com maior poder aquisitivo mina a confiança da população nas instituições públicas. Casos de desvio de recursos destinados a emergências humanitárias, como os mencionados, reforçam a ideia de que a corrupção está enraizada nas estruturas de poder, prejudicando os mais vulneráveis.
Em uma conversa recente com um amigo moçambicano, a situação da corrupção no país foi trazida à tona. Ele compartilhou um pensamento que ressoou profundamente em mim, e que reforça o que muitos moçambicanos já me disseram ao longo do tempo: "Toda vez que tem alguma tragédia em Moçambique, tem um monte de gente que fica rico, e a população não recebe nada desse recurso. Mais de 95% é desviado." Isso reflete uma realidade dura e alarmante que muitos parecem conhecer bem, e que se alinha com a percepção generalizada de que, quando a ajuda chega ao país, ela acaba beneficiando aqueles que já têm poder, enquanto os mais necessitados ficam de mãos vazias.
Reflexão Final
Quando a Justiça pesa mais no bolso, ela deixa de cumprir seu papel fundamental de garantir equidade e proteção para todos os cidadãos. Em Moçambique, os inúmeros casos de corrupção e desvio de recursos evidenciam a necessidade urgente de reformas estruturais que promovam transparência, responsabilização e integridade nas instituições públicas. Somente assim a balança da Justiça poderá retornar ao seu equilíbrio ideal, servindo verdadeiramente ao povo moçambicano.
Para uma compreensão mais aprofundada sobre o impacto da corrupção em Moçambique, assista ao seguinte vídeo:]https://youtu.be/FiaI1vc5xWo?si=RQPvvJ92bdVDq8Yw.
Carnaval, A Temporada Milagrosa
É início de março, aquele período mágico em que, por um milagre inexplicável, os problemas cotidianos parecem evaporar. Em 2025, o Carnaval ocorrerá entre 1º e 5 de março, com a Terça-feira de Carnaval caindo no dia 4 de março. Água na torneira? Quem se importa! Buracos na rua? Viram parte da folia! Consulta no posto de saúde? Melhor remarcar, pois ninguém parece adoecer durante o carnaval.
A verdade é que o fenômeno do "Carnaval da Amnésia Coletiva" não escolhe vítimas: governos, vereadores, até as próprias redes sociais entram em hiato. As timelines, antes repletas de indignações e cobranças, se transformam em galerias de confetes, serpentinas e fantasias. O vereador do bairro, frequentemente alvo de reclamações, tira um breve respiro. Afinal, é carnaval, e quem vai parar para questionar infraestrutura quando o bloco está passando?
Essa pausa na "fiscalização cidadã" é um retrato irônico do comportamento da população. Durante quatro dias, as prioridades mudam radicalmente. Ninguém se lembra dos discursos acalorados sobre corrupção ou dos posts inflamatórios contra políticas públicas. Até parece que a dor de cabeça do país, por um momento, cede lugar à folia.
E o sistema de saúde? Dá até vontade de incluir "Carnaval" na lista de remédios. Nos postos, o movimento cai drasticamente. Doenças e mal-estares simplesmente "tiram férias". Quem já trabalhou nesse período, como eu, sabe bem: o carnaval é quase uma cura milagrosa — talvez o único evento capaz de unificar a nação em um estado de "saúde plena".
Porém, a festa tem fim, e o país acorda na quarta-feira de cinzas, um tanto ressacado, voltando lentamente ao ciclo de cobranças e críticas. Seria cômico, se não fosse trágico, perceber como a mesma energia investida nos blocos poderia ser canalizada para transformar a sociedade no restante do ano.
Então, fica a reflexão: será que o problema está apenas nos políticos e nas estruturas públicas? Ou será que nós, cidadãos, também nos desconectamos da nossa responsabilidade quando a folia começa? Afinal, o carnaval passa, mas os desafios permanecem.
Enquanto isso, vamos aproveitar a trégua — pelo menos até o próximo desfile.