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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

Carnaval, A Temporada Milagrosa


É início de março, aquele período mágico em que, por um milagre inexplicável, os problemas cotidianos parecem evaporar. Em 2025, o Carnaval ocorrerá entre 1º e 5 de março, com a Terça-feira de Carnaval caindo no dia 4 de março. Água na torneira? Quem se importa! Buracos na rua? Viram parte da folia! Consulta no posto de saúde? Melhor remarcar, pois ninguém parece adoecer durante o carnaval.

A verdade é que o fenômeno do "Carnaval da Amnésia Coletiva" não escolhe vítimas: governos, vereadores, até as próprias redes sociais entram em hiato. As timelines, antes repletas de indignações e cobranças, se transformam em galerias de confetes, serpentinas e fantasias. O vereador do bairro, frequentemente alvo de reclamações, tira um breve respiro. Afinal, é carnaval, e quem vai parar para questionar infraestrutura quando o bloco está passando?

Essa pausa na "fiscalização cidadã" é um retrato irônico do comportamento da população. Durante quatro dias, as prioridades mudam radicalmente. Ninguém se lembra dos discursos acalorados sobre corrupção ou dos posts inflamatórios contra políticas públicas. Até parece que a dor de cabeça do país, por um momento, cede lugar à folia.

E o sistema de saúde? Dá até vontade de incluir "Carnaval" na lista de remédios. Nos postos, o movimento cai drasticamente. Doenças e mal-estares simplesmente "tiram férias". Quem já trabalhou nesse período, como eu, sabe bem: o carnaval é quase uma cura milagrosa — talvez o único evento capaz de unificar a nação em um estado de "saúde plena".

Porém, a festa tem fim, e o país acorda na quarta-feira de cinzas, um tanto ressacado, voltando lentamente ao ciclo de cobranças e críticas. Seria cômico, se não fosse trágico, perceber como a mesma energia investida nos blocos poderia ser canalizada para transformar a sociedade no restante do ano.

Então, fica a reflexão: será que o problema está apenas nos políticos e nas estruturas públicas? Ou será que nós, cidadãos, também nos desconectamos da nossa responsabilidade quando a folia começa? Afinal, o carnaval passa, mas os desafios permanecem.

Enquanto isso, vamos aproveitar a trégua — pelo menos até o próximo desfile.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Perna de Cobra: A Falta de Transparência nos Gabinetes dos Vereadores


Texto Adeilson

Em uma democracia, a transparência é um valor fundamental. E quando se trata de saber quem são os assessores de um vereador, essa transparência se torna ainda mais crucial. Afinal, se o objetivo de um representante público é servir à população, ele deve ser claro e acessível, não apenas em suas propostas, mas também na sua equipe de apoio. No entanto, o que estamos presenciando é um cenário em que a informação sobre os assessores do vereador está sendo escondida, criando um enigma político que mais parece uma história de "perna de cobra".

"Perna de cobra" é uma expressão popular que remete a algo que não existe de forma genuína, que é contorcido e difícil de entender. Se fizermos uma analogia com o pedido simples de informar quem são os assessores de um vereador, é como se estivéssemos tentando entender algo que deveria ser transparente, mas que, na realidade, se esconde atrás de uma "perna de cobra". A equipe do vereador deveria ser parte integrante da sua política de transparência, mas quando essa informação é negada, começamos a nos questionar: onde está a clareza, onde está a verdade?

Ao solicitar a simples divulgação dos assessores, estamos buscando garantir que as demandas da população sejam tratadas de forma eficaz e direta. O vereador não pode fazer tudo sozinho. Seus assessores, aqueles que ele escolhe para apoiá-lo, desempenham papéis essenciais no atendimento às necessidades dos cidadãos. A falta dessa divulgação cria uma sensação de que algo está sendo escondido, que a equipe de trabalho é uma "perna de cobra" – algo tortuoso, difícil de ser encontrado e entender.

Quando não se fornece essas informações de maneira clara, é como se houvesse uma tentativa de minimizar a importância da equipe e, pior, uma tentativa de evitar qualquer tipo de responsabilidade. Essa falta de abertura prejudica a confiança da população e cria uma barreira para o diálogo. Como podemos confiar em um governo que se recusa a ser transparente com as informações mais simples?

É importante que todos os cidadãos tenham acesso ao que é de direito: quem são as pessoas responsáveis por representar a comunidade dentro de um gabinete. Esconder a identidade dos assessores não é só um erro político, é uma falha na construção de um sistema de governança realmente democrático.

O verdadeiro poder de um político está em sua capacidade de ouvir e responder às necessidades da população de maneira honesta e aberta. Então, a pergunta permanece: quem são os assessores do vereador? Não há mais espaço para a "perna de cobra" na política – precisamos de respostas claras, precisamos saber quem está trabalhando ao lado do vereador para resolver os problemas de nossa comunidade.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

A Gestão de Kaio do Diogo Balieiro: Perseguição, Negligência e o Sufocamento do Turismo em Itatiaia-RJ


Adeilson Oliveira 

Desde que assumiu a prefeitura de Itatiaia em janeiro de 2025, o prefeito Kaio do Diogo Balieiro tem mostrado uma gestão marcada por descaso, perseguições e um completo descompromisso com os setores que impulsionam a economia local, em especial o turismo. Ao invés de trazer esperança e mudanças positivas, sua administração está sufocando trabalhadores, empresários e famílias inteiras que dependem desse setor para sobreviver.

O turismo é uma das principais fontes de renda de Itatiaia, especialmente em Penedo, que atrai visitantes de todo o Brasil. No entanto, o que deveria ser motivo de orgulho para o município se tornou alvo de perseguição injustificada. Os trenzinhos e bugres, que antes faziam passeios cheios de turistas, hoje rodam vazios, não por falta de demanda, mas porque fiscais estão constantemente bloqueando suas operações, criando um clima de medo e inviabilidade.

A perseguição aos operadores de turismo não apenas prejudica os empresários, mas também afeta diretamente as famílias que dependem desse trabalho. São pais e mães que vivem de diárias e não conseguem levar comida para casa, motoristas que só recebem se trabalham e guias turísticos que dependem do movimento para garantir seu sustento. Essa situação já está levando ao colapso de empresas locais, que não conseguem mais arcar com os custos diante de tantas restrições e perseguições.

Enquanto isso, os próprios fiscais, que estão sendo usados como instrumentos de repressão, também são vítimas dessa má gestão. Trabalhando sem receber, esses profissionais estão sendo forçados a cumprir ordens que criam um cenário de caos no setor de turismo. Eles, que deveriam ser aliados na organização e no fortalecimento da economia local, acabam sendo vistos como inimigos pelos trabalhadores do turismo – uma situação que só existe por causa da falta de planejamento e sensibilidade da administração municipal.

Diante desse cenário, surge a pergunta: onde estão os vereadores da cidade? Onde estão os representantes do povo para defender os trabalhadores do turismo? Infelizmente, parece que, ao invés de lutarem pelos direitos da população, muitos vereadores estão mais preocupados em acomodar seus familiares na Câmara e na Prefeitura, deixando de lado as necessidades reais de quem depende do turismo para sobreviver. A ausência de ações concretas por parte do legislativo municipal é um reflexo claro de como os interesses políticos pessoais têm prevalecido sobre o bem-estar da população.

Outro ponto de destaque é o caso do balneário das 3 Cachoeiras. O prefeito havia prometido a instalação de banheiros no local, mas, de acordo com as normas ambientais do INEA, essa construção seria ilegal. Essa promessa não só demonstra o desconhecimento das regras ambientais, mas também a falta de planejamento da administração, que continua a gerar expectativas na população sem apresentar soluções viáveis e adequadas.

Além disso, a gestão de Kaio tem deixado a desejar em várias outras áreas. Denúncias graves sobre o sistema de saúde incluem relatos de pacientes sendo submetidos a banhos gelados e recebendo alimentos estragados. Essas condições desumanas mostram um descaso inaceitável com os cidadãos que dependem do atendimento público.

Outro ponto que levanta suspeitas é a rapidez na entrega dos uniformes escolares. A licitação foi feita no dia 27 de janeiro, e os uniformes já estavam disponíveis no dia 30. Embora a agilidade possa parecer algo positivo, essa rapidez anormal desperta questionamentos sobre a transparência e a regularidade do processo.

Diante de tudo isso, é impossível defender ou falar bem de uma gestão que, em menos de dois meses, conseguiu desagradar e prejudicar tantos setores e famílias. Como apoiar uma administração que não colabora com seus trabalhadores, que persegue o turismo e que demonstra total despreparo em suas ações?

O prefeito Kaio do Diogo Balieiro precisa entender que a população de Itatiaia não vai se calar diante de tanto descaso. O turismo deve ser tratado como um aliado, não como inimigo. Os trabalhadores merecem condições dignas, e os empresários locais precisam de incentivos, não de perseguição. A promessa de banheiros e o despreparo para lidar com as demandas ambientais mostram o quanto essa gestão está descompassada das reais necessidades da cidade.

E, ao mesmo tempo, os vereadores precisam lembrar do compromisso que assumiram com a população. Itatiaia não pode mais tolerar um legislativo omisso, preocupado apenas com seus interesses pessoais. O povo exige respeito, mudança e compromisso real com o desenvolvimento sustentável e econômico da cidade.

O prefeito e os vereadores devem entender que governar é servir ao povo – e, até agora, estão falhando miseravelmente. A população de Itatiaia não ficará em silêncio. A cobrança por uma gestão justa e comprometida continuará, e aqueles que ignorarem as demandas do povo terão que enfrentar as consequências nas ruas e nas urnas.

"Minha Voz e Minha Verdade"


Itatiaia e Penedo são pequenas demais pra mim. Pequenas demais para as minhas ideias, para os meus textos, para os meus artigos. Tudo que eu faço vira motivo de reclamação. Parece que estou vivendo numa bolha de mediocridade onde ninguém suporta ver alguém que pensa diferente, que age, que se posiciona. Sempre tem alguém choramingando: "Ah, o Adeilson fez isso", "o Adeilson fez aquilo", "o Adeilson está querendo quebrar minha empresa", "o Adeilson está me prejudicando".

Vamos deixar uma coisa bem clara: não é isso! Quando eu estou gastando o meu dinheiro, eu estou exercendo o meu direito como consumidor. Quando eu faço um artigo, uma postagem ou uma reclamação, estou usando a minha liberdade de expressão, coisa que parece incomodar muita gente aqui. Se você não sabe lidar com críticas, a incompetência não é minha, é sua.

E, pra quem acha que vai me atingir no meu trabalho, desista. Meu patrão não vai me mandar embora porque meia dúzia de pessoas recalcadas fica reclamando. Eu sou um bom funcionário, um ótimo funcionário. Sabe quantas vezes faltei no trabalho em 11 anos na mesma empresa? Nenhuma. Isso mesmo, nenhuma vez. E em todas as outras empresas onde trabalhei, também nunca faltei um único dia. Sabe o que isso significa? Que eu sou competente. Que eu levo meu trabalho a sério. Que eu cumpro minhas obrigações, faço o que precisa ser feito e faço bem.

Então, antes de tentar colocar a culpa das suas frustrações pessoais em mim, olhe no espelho e veja o que você está fazendo de errado. Se não gosta que eu exponha o que penso ou critique o que está errado, simples: faça melhor. Mostre competência, mostre resultado. Porque se você não for competente, sim, eu vou reclamar. Vou postar na internet, vou escrever artigos, vou falar no blog. E sabe o que você pode fazer? Reclamar mais. Eu não vou mudar minha postura porque alguém não gosta. Eu não vou parar de me posicionar porque alguém acha que o mundo gira ao redor do próprio umbigo.

E pra reforçar, vou deixar aqui o que eu canto e acredito:
“Não adianta tentar me calar
Nunca ninguém vai abafar a minha voz
Quando o povo quer, ninguém dominar
O mundo se ilumina a nós, por ele, ele e por nós.”

O problema não sou eu. O problema é a mentalidade pequena de gente que não sabe lidar com alguém que não se conforma com a mediocridade. Então, pra quem está incomodado, só um conselho: cresça, evolua e me deixe em paz.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A Transparência que Queremos no Comércio

Hoje, passei por uma situação no mercado aqui em Penedo, que me deixou extremamente desconfortável. Fui comprar uma Coca-Cola e, ao verificar o preço na prateleira, estava marcado como R$ 3,99. No entanto, ao passar no caixa, fui informado de que, por ser gelada, o preço era R$ 4,20. Isso me gerou grande insatisfação porque em nenhum momento havia uma informação clara e visível no estabelecimento sobre essa diferença de preço.

Como consumidor, acredito que é nosso direito saber de antemão o valor exato que pagaremos, sem surpresas na hora do pagamento. Segundo o Código de Defesa do Consumidor (artigo 31), o preço deve ser informado de maneira clara e ostensiva. Quando isso não acontece, é possível caracterizar uma prática abusiva, conforme previsto no artigo 39, inciso V, que proíbe exigir do consumidor qualquer vantagem manifestamente excessiva.

Vale ressaltar que a diferenciação de preços entre produtos gelados e em temperatura ambiente não é crime, desde que seja previamente informada ao consumidor. No entanto, essa informação não pode estar escondida ou ser dada apenas na hora do pagamento. Os estabelecimentos devem utilizar placas grandes e bem visíveis, deixando explícito, por exemplo:

Coca-Cola gelada: R$ 4,20

Coca-Cola temperatura ambiente: R$ 3,99


Isso evitaria situações como a que enfrentei hoje e traria mais transparência e confiança na relação consumidor e comércio. Afinal, 20 centavos podem parecer pouco, mas são o suficiente para causar desconforto e até descrédito ao estabelecimento.

Além disso, ao questionar a funcionária sobre a diferença de preço, fui informado de que havia uma plaquinha indicando a variação. Porém, ao olhar, percebi que as informações estavam escritas em uma letra tão pequena que ninguém conseguiria enxergar claramente. Isso reforça ainda mais a necessidade de os comércios utilizarem sinalizações grandes e legíveis, para que todos os consumidores possam compreender facilmente os preços e as condições de venda.

Deixo aqui meu relato como uma forma de reflexão para os comerciantes. A comunicação clara com o cliente não é apenas um dever, mas também um diferencial para conquistar e manter a clientela.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

O Sonho que Salvou Minha Vida!



Testo Adeilson 
Fato Real que aconteceu comigo!

No dia 31 de outubro de 2013, vivi um dos momentos mais sombrios da minha existência. Dentro da minha própria casa, alguém em quem eu confiava me atacou com uma facada no pescoço. O golpe foi brutal, mas milagrosamente, nenhuma veia vital foi atingida. Fui imediatamente ao médico, onde a ferida foi costurada. A médica tratou o corte, mas não solicitou exames adicionais, como um raio-X. Eu acreditava que estava fora de perigo, mas não imaginava o que ainda estava por vir.

Durante todo o mês de novembro, convivi com uma dor persistente no pescoço. Qualquer movimento, como olhar para cima, causava uma dor excruciante. Havia uma sensação estranha, como se algo estivesse errado, mas eu não sabia exatamente o que.

Na noite de 27 para 28 de novembro, algo extraordinário aconteceu. Tive o sonho mais real de toda a minha vida. Era tão vívido, tão claro, que até hoje sinto cada detalhe como se tivesse acabado de acontecer. Nesse sonho, eu me via deitado em uma maca de mesa de cirurgia. Em volta de mim, médicos e enfermeiros estavam concentrados no que faziam. Entre eles, um ser se destacou: um anjo. Ele não era como imaginamos nos livros ou filmes, mas sua presença transmitia uma paz indescritível.

O anjo virou para mim e, em suas mãos, segurava uma lâmina de faca. Ele olhou diretamente para mim e disse algo que não posso esquecer. Não foi com palavras, mas com uma mensagem que ecoou dentro de mim: "Você está com isso em seu pescoço." Foi um aviso, uma revelação.

Acordei no dia seguinte com aquele sonho gravado na mente e uma sensação diferente no corpo. A dor no pescoço parecia mais forte, e comecei a sentir algo pontiagudo, como se estivesse saindo de dentro de mim. A lâmina que o anjo havia mostrado no sonho estava ali, no meu pescoço, oculta por 33 dias sem que eu soubesse.

Fui ao hospital novamente, agora com urgência. Quando fiz o raio-X, veio a confirmação chocante: uma lâmina estava alojada no meu pescoço durante todo esse tempo. Foi difícil processar essa descoberta. O sonho, aquele aviso divino, havia me alertado sobre algo que nenhum exame antes tinha identificado.

No dia 5 de dezembro de 2013, passei por uma cirurgia para a retirada da lâmina. A equipe médica se surpreendeu com o fato de eu ter sobrevivido tanto tempo com aquilo em meu corpo. Foram 33 dias carregando, literalmente, uma faca no pescoço, enfrentando dores, dúvidas e um impacto emocional enorme.

Não tenho dúvidas de que aquele sonho foi um presente, um milagre enviado por Deus. O anjo que vi foi meu guardião, enviado para me salvar, para me alertar de algo que poderia ter custado minha vida. Desde então, carrego comigo não apenas a cicatriz no pescoço, mas também a certeza de que há algo maior cuidando de mim.

Esse episódio marcou minha vida para sempre. Não só pela dor ou pelo sofrimento que passei, mas pela prova de que há mistérios no universo que vão além da nossa compreensão. Aquele sonho foi mais do que um aviso; foi a mão divina agindo diretamente na minha vida.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

:"Os Dons que Deus Nos Dá: Reflexos de Sua Graça"


Os dons que Deus nos dá não são nossos; são d’Ele. Não passam de reflexos de Sua sabedoria, amor e propósito para nossas vidas. Tudo o que faço, tudo o que escrevo, tudo o que sou vem de Deus. A escrita que flui por meio de mim não é minha — é Deus quem escreve através de mim. Por mim mesmo, eu não saberia nada, não faria nada. É Ele quem me guia, quem me inspira e quem me sustenta.

O Que São Dons de Deus?

Na Bíblia, dons são descritos como habilidades que Deus concede a cada pessoa, de acordo com Sua vontade. Em 1 Coríntios 12:4-7, está escrito:
"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o que for útil."

Cada dom é uma manifestação da graça de Deus. Seja ele espiritual, como a fé, a sabedoria ou a cura, ou algo que muitos consideram natural, como a criatividade, a liderança ou até mesmo a habilidade de interpretar sonhos, tudo vem d’Ele. Eu reconheço que esses presentes não são meus; eu apenas os recebo e procuro usá-los para cumprir o propósito que Deus tem para mim.

O Maior Dom: A Vida

O maior dom que recebi foi a vida. Só o fato de estar aqui, nesse mundo, já é uma bênção que me foi dada por Deus. Como diz o Salmo 139:13-14:
"Pois tu formaste o meu interior; tu me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de modo terrível e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem."

A vida é a base de tudo. Foi Deus quem me deu o privilégio de estar aqui, de viver, de conhecer as pessoas, de sonhar e de criar. Tudo começa com essa dádiva. Depois, eu não sei qual será o próximo plano de Deus para mim após a morte, mas confio que será tão grandioso quanto este.

O Dom da Escrita

Outro dom que recebi de Deus foi o dom da escrita. Quando escrevo, parece que as palavras simplesmente fluem. Elas não vêm de mim, mas de Deus. Por mim mesmo, não teria essa habilidade. Muitas vezes, não consigo expressar o que sinto ou penso ao falar, até porque sou um pouco gago. Mas, quando escrevo, é diferente. A escrita me transforma. Deus coloca as palavras na minha cabeça e, sem que eu entenda como, elas surgem no papel. Isso é um dom que não posso reivindicar como meu, porque sei que é Deus quem me guia.

O Dom de Interpretar Sonhos

Outro dom que Deus me deu, e que poucas pessoas sabem, é o dom de interpretar sonhos. Desde muito jovem, tenho sonhos que, muitas vezes, acabam acontecendo. Não sei explicar o porquê disso, mas sei que não é algo meu. É Deus quem me dá esses sonhos e a capacidade de interpretá-los. Esse é um dom que guardo com humildade e não uso para me beneficiar.

Alguns sonhos me marcaram profundamente. Sonhei, por exemplo, com minha mãe dando tchau para mim dentro de um caixão, e dias depois, ela realmente partiu. Em outro sonho, vi um cavalo rolando em um morro, e, tempos depois, essa cena se concretizou exatamente como no sonho. Tive também um sonho em que eu estava com um prato de comida na mão, e Jesus Cristo me entregava essa comida. Esses momentos não são apenas sonhos; são mensagens divinas que Deus me permite compreender.

Nem Todo Rico É Sábio, Nem Todo Sábio É Rico

Uma coisa que sempre percebi é que os dons de Deus não têm nada a ver com riqueza ou status. Deus dá dons a quem Ele quiser, e nem todo sábio é rico, assim como nem todo rico é sábio. Os dons que recebemos têm um propósito maior: servir a Deus e ao próximo.

A Bíblia relata uma história marcante sobre sabedoria em Eclesiastes 9:14-15:
"Havia numa pequena cidade poucos homens, e veio contra ela um grande rei, que a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras. Encontrou-se nela um homem pobre e sábio, que livrou a cidade pela sua sabedoria; contudo ninguém se lembrou daquele pobre homem."

Essa história nos mostra que a sabedoria, mesmo sendo um dom grandioso de Deus, nem sempre é reconhecida ou valorizada pelas pessoas. Contudo, sua importância permanece inegável, porque é através dela que muitas vidas são transformadas.

Como está escrito em 1 Pedro 4:10:
"Cada um exerça o dom que recebeu para servir aos outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas."

Deus não nos dá dons para que os usemos em benefício próprio ou para acumularmos riquezas, mas para impactar positivamente as pessoas ao nosso redor. A verdadeira riqueza está em reconhecer que tudo vem de Deus e em usar o que recebemos para fazer o bem.